domingo, 7 de outubro de 2012

Sequestro de carbono e Fotossíntese


Considerações ao professor:
Este material é voltado para alunos do ensino fundamental, que é onde eles têm o primeiro contato com o tema de sequestro de carbono e fotossíntese.
Mas antes de simplesmente começar a descarregar nomes e dados de que eles nunca ouviram falar, é importante fazer uma conferência do conhecimento prévio que o aluno traz consigo.
Tendo em vista o aluno como um sujeito no mundo e não um mero receptor de informações segundo Freire (1983), não adianta apenas falar sobre o sequestro de carbono se não ensiná-los os conceitos iniciais de fotossíntese.
Este material tem como ajudar o professor a organizar uma série de aulas que ajudem o aluno a compreender esta temática que tanto se ouve na televisão e mídia em geral.

1° aula:
O professor deve começar explicando ao aluno os conceitos iniciais de botânica com auxílio do livro didático, fazendo as seguintes perguntas:
·         Se a planta é um ser vivo, como a planta se alimenta e respira?
·         Quais são as estruturas que a planta possui para realizar este processo? 
·         Se a planta armazena energia, por que a planta não engorda?
·         Este processo interfere na nossa vida? Como?
É importante destacar aqui que essa analogia com animais é essencial, uma vez que os alunos mais se identificam com animais, mesmo porque muitos possuem cães, gatos e outros bichos de estimação, fazendo essas pequenas comparações, o aluno vai aprender que a planta é um ser vivo que tem algumas necessidades como água, energia e oxigênio tais como os animais, isso os fará sentir-se mais próximos do reino vegetal.
O Professor pode na primeira aula abordar de uma maneira bem generalizada o tema sequestro de carbono, utilizando estes vídeos:
Sequestro de carbono parte 1
Sequestro de carbono parte 2
Sequestro de carbono parte 3
O restante da aula fica a critério do professor

2° aula
Continuando a temática da aula anterior, desta vez o conteúdo abordado será a fotossíntese, para iniciar a aula o professor deve:
·         Explicar a diferença entre autótrofo e heterótrofo, se já tiver explicado antes, retome sucintamente o conteúdo;
·         Ao classificar a planta como heterótrofa, o professor explica que é a luz que faz o processo ocorrer, por isso, plantas que não recebem luz tendem a ficar amarelas e morrer; vale lembrar também que ausência de luz é total, explique ao aluno que aquela planta que está em local sombreado também recebe luz, mesmo que seja de forma indireta;
Mostre utilizando qualquer recurso disponível, a imagem de uma folha, ou a folha de uma planta que está na escola, depois mostre imagem de um corte transversal de uma folha.
Imagem esquemática:


  





Imagem histológica:




Identifique as estruturas segundo o esquema mostrado anteriormente.
Explicar que a fotossíntese ocorre nas estruturas chamadas parênquima e mostrar no desenho.
Se o professor julgar pertinente, explique sobre cloroplastos.

Utilize esses vídeos:
Como funciona a fotossíntese parte 1
Como funciona a fotossíntese parte 2
Como funciona a fotossíntese parte 3

Após estes vídeos explique como funciona o sequestro de carbono.
O restante da aula fica a critério do professor.

3° aula: A fotossíntese no cotidiano
Explique que a planta armazena o CO2 na forma de glicose, que foi formada na fotossíntese e agora se encontra como amido. Explique que é por isso que a planta não “engorda”.
Muitos deles já viram esta palavra em embalagens de Amido de milho, conhecido como maisena, já devem ter visto que após descascar batatas e deixar a vasilha na pia por um tempo, verá um pó branco no fundo, explique que este pó é o amido da batata.
Mostre, com seus recursos disponíveis, imagens, se possível, faça o teste de descascar a batata para mostrar o amido, explique o que são as plantas conhecidas como raízes, mostre imagens de batatas, mandiocas, beterrabas e cenouras, mas evite mostrar imagens delas  colhidas e limpas no supermercado,mostre-as como elas são no campo. Aproveite brevemente  e fale o quanto esses legumes fazem bem para a saúde.
O restante da aula fica a critério do professor.


Bibliografia

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12a edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
SOUZA, S.C.;  ALMEIDA, M.J.P.M.; A fotossíntese no ensino fundamental:  compreendendo as interpretações dos  alunos. Ciência & Educação, v.8, nº1, p.97 - 111, 2002.
BIONDO, F.P.; Geiva Carolina CALSA, G.C.; A INFLUÊNCIA DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS NA
CONCEITUAÇÃO DE GÊNERO GRAMATICAL.Disponível em: <http://www.abpp.com.br/abppprnorte/pdf/a17Biondo03.pdf>

I Workshop Educação Ambiental Interdisciplinar

Informações:

sábado, 8 de setembro de 2012

Será que deve ser como na malhação?


Com a nova geração de alunos vem também uma nova forma de considerar as atividades e avaliações feitas pelos professores. Nota-se, que com atual modo de aprendizagem é necessário mais do que pequenos textos e redações fixados no caderno ou em pastas e gavetas dos professores. Os educadores devem se adaptar a formação de trabalhos mais produtivos e com maior banco de informação, visto que, os educandos estão na maior parte de seu tempo conectados à internet. A utilização de ferramentas como Blogs, Sites, grupos em redes sociais e etc., traz um inusitado modo de transmitir informação, onde o professor se aproxima do que o aluno entende de melhor ao invés de simplesmente ficar em sala de aula “cuspindo” nos alunos. Além do que, a utilização destas tecnologias faz com o que o aluno se interesse ainda mais pelas aulas. No blog, os alunos podem publicar suas produções deixando-as visíveis a todos e que servirão como fonte de pesquisas para outros, posteriormente.Isso dará mais qualidade e responsabilidade as atividades realizadas em sala de aula ou não e ainda terá um certo valor social, pois, não só os professores e os alunos verão o trabalho que foi realizado mais estará disponível para qualquer outra pessoa que visite o blog. É um espaço onde os alunos poderão debater com os visitantes de seu blog e interagir com base nos comentários deixados, mantendo uma relação entre o aluno e a sociedade.

Este modelo de aprendizagem não é tão atual assim, já em 1920, criada pelo francês Celestin Freinet, as escolas freneitianas sempre publicaram o que fizeram, afim de, fazer uma troca de conhecimento com outras escolas, no entanto, nunca foi tão fácil e acessível a possibilidade de tornar pública produção escolar; e o ambiente não era tão estimulante e convidativo a interação como ocorre hoje, principalmente com a internet. Além disso, os professores aprendem, ainda mais, com e sobre os alunos, com suas descobertas e criações. Tais novidades são transmitidas na TV, na série Malhação da Rede Globo, os alunos usam a “rede” para divulgar o que acontece em sala de aula, na escola e fora dela, isso motiva as crianças e adolescentes a questionarem: Por que minha escola não é igual a da Malhação? Se fosse seria mais legal? Será que nós professores devemos fazer como se faz na Malhação?

segunda-feira, 26 de março de 2012

É preciso saber para passar no vestibular


Minha neta estava lendo um livro de biologia. Ah! Como a biologia é fascinante! A vida! Mas não havia nenhum entusiasmo no seu rosto. Nem nada que se parecesse com curiosidade. Era mais uma expressão de tédio. Sei o que é isso. Há textos que reduzem o leitor a uma panquequa que se arrasta pelo chão. Arrasta-se porque tem que ler mas não quer ler. É por causa dos textos que Barthes disse que a preguiça é parte essencial da experiência escolar. Perguntei o que ela estava lendo. Ela me mostrou um parágrafo com o dedo. Era  isso que estava escrito: "Além da catalase existem nos peroxíssomos enzimas que participam da degradação de outras substâncias tóxicas, como o etanol e certos radicais livres. Células vegetais possuem glioxíssomos, peroxíssomos especializados e relacionados com a conversão das reservas de lipídios em caboidratos. O citosol (ou hialoplasma) é um caloide. No citosol das células eucarióticas, existe um citoesqueleto constituído fundamentalmente por microfilamentos e microtúbulos, responsável pela ancoragem de organóides...Os microtúbulos têm paredes formadas por moléculas de tubulina...". Encontrei ainda palavras que nunca lera:"retículo sarcoplasmático, complexo de Golgi, pinocitose, fagossomo, fragmoplasto, o padrão do axonema é constituído por 9+2, uma referência aos 9 pares de microtúbulos em torno de um par central". Parece- me que essa última afirmação tem a ver com o rabo do espermatozóide, mas nesse momento os meus pensamentos já estavam tão confusos que não posso garantir. Não posso imaginar minha neta conversando sobre essa palavras com suas amigas ou seu  namorado. Ele, eu acho, só vai se interessar pelo rabo do espermatozóide...Fico furioso: o que é que o professor que escreveu esse texto imaginou que os adolescentes iriam fazer com ele? Li esse texto para um erudito professor de biologia. Sua reação foi: "Não entendi nada..."
Texto do livro: Ostra feliz não faz pérola de Rubem Alves